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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Mini-FIV: o barato pode sair caro?

Nova técnica de fertilização utiliza menos medicações e estimula menos óvulos. A vontade de ser mãe e a dificuldade para engravidar não escolhem classe social. Segundo dados publicados no Jornal Americano de Reprodução Humana, um em cada sete casais apresenta problemas de fertilidade e, em alguns casos, a reprodução assistida figura como tentativa quase exclusiva para realizar o sonho da concepção.

Os altos custos do procedimento – entre R$ 15 mil e R$ 30 mil – dificultam o acesso da maior parte da população. Como consequências diretas, a técnica passou a ser encarada como “elitista” e as clínicas públicas que a oferecem (são apenas quatro em todo o País) reuniram filas de espera de mais de três anos por conta da grande demanda de pacientes.

Alguns anos para cá, calculam os especialistas, a medicina reprodutiva passou a buscar uma maneira de atrair um número maior de clientes e democratizar o acesso à técnica. Entre as estratégias, nasceu a “Mini Fertilização In Vitro (Mini FIV)”, desenvolvida por um médico japonês Osmau Kato, que agora já pode ser encontrada em algumas clínicas particulares brasileiras.

A FIV há mais tempo em utilização no mundo usa muitos medicamentos para produzir um número muito grande de óvulos e, assim, ampliar a chance de fecundação. A cada dez óvulos produzidos pós-estimulação, somente os três primeiros têm melhor qualidade e podem ser usados com segurança na fertilização, assim poderia usar menos medicações, estimulando um número menor de óvulos, conseguindo um procedimento até 40% mais barato, sendo esta técnica batizada de Mini FIV já oferecida em muitos locais.

No entanto, há um alerta: não é apenas o bolso dos interessados que precisa ser analisado antes da indicação. Cada caso é um caso, a idade da paciente precisa ser analisada, se há alguma doença associada à dificuldade em engravidar e nem sempre a Mini FIV pode ser uma opção.

Lembrando que ela é mais indicada para pacientes com idade inferior a 30 anos. Pois todos estes fatores interferem no preço do tratamento, afinal de nada adianta pagar mais barato se conseqüentemente não obter quantidade e qualidade nos óvulos e a FIV não ter êxito.

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