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quinta-feira, 6 de março de 2014

Transferência de embrião fresco versus congelado em ciclos de fertilização in vitro: a sistemática revisão e meta-análise


Objetivo: analisar as evidências disponíveis para avaliar se a criopreservação de todos os embriões e posterior transferência de embriões congelados ( FET ) resulta em melhores resultados em comparação com a transferência a fresco .

Projeto : revisão sistemática e meta -análise. 

Ambiente: Centros de assistência reprodutiva. 

Paciente (s) : paciente Infertil . 

Intervenção (s) : Durante Dezembro de 2011 foi feita uma busca na literatura eletrônica no MEDLINE , EMBASE e Cochrane Library. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados que comparam os resultados de ciclos de fertilização in vitro entre transferências de embriões frescos e congelados . 

Resultado principal medida (s) : Os desfechos de interesse foram a taxa de curso da gravidez , a taxa de gravidez clínica e aborto. 

Resultado ( s) : Foram incluídos três ensaios respondendo por 633 ciclos em mulheres com idade entre 27-33 anos. A análise dos dados mostrou que resultou em FET. As taxas de gravidez significativamente maior em curso e as taxas de gravidez clínica. 

Conclusão ( s) : Nossos resultados sugerem que há evidências de que os resultados de fertilização in vitro pode ser melhorada através da realização de FET em comparação com transferência de embriões frescos. Isto poderia ser explicado por uma melhor sincronia embrião - endométrio alcançado com ciclos de preparação do endométrio ( Fertil Steril 2013; ? . 99:156-62 2013 pela American Sociedade de Medicina Reprodutiva). 

Palavras -chave: transferência de embriões frescos , transferência de embrião congelado , receptividade endometrial , gravidez. 

Fonte: Fertility and sterility, Vol. 99 No. 1 January 2013, Published by Elsevier.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A Gravidez e a FIV em casais homoafetivos

Algo esperado, já que cada vez mais casais homoafetivos procuram clínicas de reprodução humana para terem os seus filhos. Não é fácil para os casais heterossexuais, e para os homoafetivos é muito mais desgastante, pois além de encararem as dificuldades comuns e já esperadas do tratamento, enfrentam o preconceito. A sensação discriminatória pode ser sutil ou evidente. 


Entretanto, com o aumento destes atendimentos nos consultórios e com a demonstração mais corriqueira e notória destes relacionamentos, tanto na vida real como na ficção, estes conflitos, que eram muito mais acentuados no passado, estão diminuindo. Para os casais que desejam constituir uma família e não têm interesse em adotar uma criança, a única alternativa é partir para os tratamentos de fertilização assistida em clínicas especializadas.

 "A ética médica restringe os atos médicos àquilo que o CFM - Conselho Federal de Medicina determina ser certo ou errado e obriga os profissionais da saúde a seguirem rigorosamente as normas por eles fixadas, evitando alguns dos exageros pedidos por estes casais", explica o médico. Entre os pedidos mais freqüentes e não permitidos pelas normas éticas para a utilização das técnicas de reprodução assistida encontramos: 


1. Ter óvulos fertilizados com sêmen de doador e estes embriões serem transferidos para o útero de sua parceira (receptora dos embriões). Este procedimento não é permitido, pois é considerado como "barriga de aluguel", corretamente chamado de útero de substituição ou doação temporária do útero. Segundo o conselho de normas éticas as doadoras temporárias do útero devem pertencer à família da doadora genética, num parentesco até o segundo grau, sendo os demais casos sujeitos à autorização do CRM - Conselho Regional de Medicina. 

2. Utilizar o sêmen de um familiar (irmão) de uma das parceiras para fertilizar os óvulos de sua companheira que desta maneira terá um filho com a mesma carga genética das duas. O médico explica que o doador não pode ser um irmão, familiar ou conhecido da paciente, pois os doadores não devem conhecer a identidade dos receptores e vice-versa. Obrigatoriamente será mantido o sigilo sobre a identidade dos doadores de gametas e pré-embriões, assim como dos receptores. Em situações especiais, as informações sobre doadores, por motivação médica, podem ser fornecidas exclusivamente para médicos, resguardando-se a identidade civil do doador. 


Para os homens homoafetivos a situação é mais complicada, pois dependem dos óvulos de doadora desconhecida e a gestação do útero de parente próxima, irmã ou mãe, que nem sempre aceita gerar o bebê. Em outros países há mais possibilidades, pois se pode pagar a uma mulher pelo "aluguel" do seu útero ou comprar óvulos. Porém, essas opções continuam proibidas no Brasil. 

Fonte consultada: www.guiadobebe.com.br

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Transferência de embriões

Atualmente, os embriões são transferidos na fase de clivagem (divisão de células) de 3 a 5 dias (blastocisto) após a fertilização. Eles são classificados, antes de serem transferidos para a cavidade uterina, independente da fase em que se encontram (embrião ou blastocisto). 



Nessa classificação, que é apenas morfológica, são levados em consideração: 
1) a velocidade de divisão celular 
2) o número de blastômeros (tipos de células originárias da segmentação do óvulo)
3) a simetria e forma dos blastômeros
4) a presença ou ausência de fragmentação. 

Os embriões, até o momento da transferência, são mantidos em estufa trigás com temperatura e umidade controladas. Previamente à transferência, os embriões podem ser submetidos ao procedimento de Hatching assistido que consiste na abertura da zona pelúcida. Esse procedimento pode ser realizado com uma pipeta (abertura mecânica), com enzimas (pronase), com meio acidificado (tyrodesácido) ou com o auxílio do Laser para ablação da zona pelúcida. 

É extremamente importante que a transferência seja feita na mesma área física onde se encontram os embriões, ou seja, sala anexa ao laboratório. A transferência ocorre com a paciente em posição ginecológica.


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Hormônio Anti-Mülleriano e a FIV

A idade reprodutiva feminina é avaliada de acordo com a quantidade e a qualidade dos óvulos. Além da idade, existem diversos parâmetros como níveis hormonais e medidas ultrassonográficas que são utilizados para predizer a reserva ovariana.

No terceiro dia do ciclo, a dosagem basal dos hormônios FSH, inibina-B e Anti-Mülleriano tem auxiliado os médicos nos processos de reprodução assistida a avaliar a qualidade da resposta ovariana que irão encontrar após a estimulação com gonadotrofinas.

Os primeiros parâmetros medidos através da ultrassonografia são o volume ovariano e a contagem de folículos antrais. Considerando-se mínima uma contagem de dez folículos na soma dos dois ovários para a obtenção de taxas adequadas de gestação.

Sabe-se que os níveis de FSH aumentam à medida que a mulher se aproxima da menopausa, pelo simples fato de que com uma menor quantidade de folículos disponíveis, o corpo precisa de cada vez mais hormônio para conseguir uma resposta ovariana. Desta forma, um FSH alto está associado a baixas taxas de sucesso em técnicas de reprodução assistida. Os valores considerados normais variam entre 3,0 e 10,0 UI.

O hormônio Anti-Mülleriano é produzido pelos folículos ovarianos em crescimento, por este motivo é considerado um dos melhores marcadores endócrinos na determinação da qualidade e quantidade da reserva ovariana.

Acredita-se que as alterações dos marcadores da função ovariana feminina têm início com um declínio dos níveis séricos do hormônio Anti-Mülleriano, seguido pela diminuição de inibina-B e, por último, o aumento de FSH.

Estes estudos sugerem que o HAM, que é produzido pelos ovários, não só está fortemente associado com a produção de oócitos depois da estimulação ovariana em ciclos de Fertilização in Vitro, como já comprovado em estudos anteriores, mas também está associado com a qualidade do oócito, fazendo disso um prognóstico positivo para os resultados do tratamento.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

04/10/2010: Robert G. Edwards ganha Nobel de Medicina

Os estudos de Robert G. Edwards, criador do método de Fertilização In Vitro, representaram uma "revolução" no tratamento da infertilidade. O embriologista britânico, foi anunciado em Estocolmo, na Suécia como o vencedor do Prêmio Nobel de Medicina de 2010 por suas pesquisas sobre a Fertilização in vitro (em laboratório).

Conhecido como "pai" do primeiro bebê proveta, a britânica Louise Brown (em 1978), Edwards começou suas pesquisas sobre fecundação em meados da década de 1950, e seu trabalho possibilitou o nascimento de 4 milhões de pessoas. Segundo o Instituto Karolinska, que o escolheu como vencedor do Nobel, o britânico conseguiu, com seus estudos, vencer "desafios monumentais" no campo da ciência, e a "forte oposição do sistema", que alegava obstáculos éticos.

Ao longo dos anos, Edwards deu resposta a grandes questões científicas, como, se seria possível extrair o óvulo do corpo da mulher, quando ele estaria preparado para ser fertilizado e como os espermatozóides poderia ser ativados para fecundarem o óvulo.

Seu êxito representou uma "revolução" no tratamento da infertilidade, que de acordo com o Instituto Karolinska é um problema que afeta na atualidade cerca de 10% dos casais de todo o mundo e gera estresse, ansiedade e depressão em milhões de pessoas.

Nascido em Manchester em 1925, Edwards estudou biologia na Universidade de Gales e na de Edimburgo. A partir de 1958, começou a trabalhar no processo de reprodução humana. Em 1963, na cidade de Cambridge, fundou, junto com Patrick Steptoe, o primeiro centro de pesquisas para a fecundação in vitro.

                                               
                                                                  Robert G. Edwards