Traduzir esta página

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Como procede a FIV??

Como resultado de décadas de trabalho experimental pioneiro, a primeira fertilização in vitro (FIV) com sucesso foi obtida em coelhos, em 1959. Por sua vez, a primeira gravidez em humanos e o primeiro bebê nascido por essa técnica foi relatado por Steptoe e Edwards em 1978.

Um ponto importante para o sucesso do desenvolvimento da FIV foi a utilização dos sistemas de cultura de células e tecidos in vitro. Os componentes comuns a todos os meios de cultura eram sais, tampões, água e uma fonte de energia. Vários meios eram baseados na simples fórmula desenvolvida anos atrás por Ringer, Earl e Eagle com a adição de piruvato, glicose e albumina. Esses melhoramentos nos sistemas de cultura resultaram em taxas de desenvolvimento de embriões na fase de pré-implantação de até 80% a 90%.

A FIV, em humanos, utiliza normalmente a estimulação hormonal ovariana da mulher para obter um número maior de oócitos, ao invés de um oócito como no ciclo natural. A estimulação hormonal ovariana nos dias atuais tipicamente inclui o uso de agonistas do fator liberador de gonadotrofinas e hormônio folículo estimulante (FSH) natural ou recombinante.

Quando os folículos atingiam o diâmetro adequado(19 a 22mm), era feita a administração da gonadotrofina coriônica humana (HCG), a qual tinha uma ação similar ao hormônio luteinizante(LH), ajudando na manutenção nuclear final dos oócitos. Os oócitos eram coletados por laparoscopia, porém hoje são coletados por uma guia acoplada ao ultra-som transvaginal. Os espermatozóides do ejaculado eram coletados no dia da coleta dos oócitos.

Depois da coleta, os espermatozóides requeriam certas condições durante a preparação, que permitiam a capacitação espermática. O procedimento geralmente envolvia um período de meia hora para liquefação, após o qual a remoção do líquido seminal era feita, por meio da lavagem da amostra seminal. O tempo de incubação, pH e a composição do meio de incubação parecem ser fatores críticos para a indução da capacitação in vitro.

Em humanos assim como em outras espécies, técnicas especiais foram utilizadas para melhorar a motilidade e a morfologia espermática pelo processo de seleção, a fim de aumentar a habilidade dos espermatozóides de fertilizar oócitos.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário